terça-feira, 7 de setembro de 2010

Código de Ética do Sociólogo

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1 - O Sociólogo na sua atuação profissional está obrigado à observância do presente Código, bem como a fazê-lo cumprir.

Art. 2 - Compete aos Sociólogos, Sindicatos, Associações Profissionais e à Federação Nacional zelar pelo seu cumprimento e sua divulgação.

TÍTULO II.
DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS E FUNDAMENTAIS

Art. 3 - O compromisso fundamental do Sociólogo é o de interpretar a realidade dos fatos e das relações sociais através da aplicação de métodos científicos e técnicas sociológicas, buscando contribuir, a partir desses estudos, sua aplicação e divulgação para melhorar a qualidade de vida socio-ambiental da humanidade.

Art. 4 - O compromisso com a produção de informações com base científica a respeito da realidade social e sua divulgação pública precisa e correta é um direito inerente à condição atual de vida em sociedade, é um direito do cidadão que não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse, é uma obrigação social que o Sociólogo deve assumir e defender.

Art. 5 - O Sociólogo tem o compromisso de lutar pelo exercício da soberania popular e auto-determinação dos povos em seus aspectos políticos econômicos e sociais.

Art. 6 - O Sociólogo tem o compromisso de opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem.

TÍTULO III
DOS DIREITOS E DEVERES DO SOCIÓLOGO
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS

Art. 7 - São direitos dos Sociólogos
a) Garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas estabelecidas na Lei de Reconhecimento da Profissão e neste Código;
b) Livre exercício das atividades inerentes à profissão;
c) Participar das entidades representativas e sindicais da categoria;
d) Propiciar ou realizar a investigação da realidade social a partir de critérios científicos e metodologia adequada que garantam a credibilidade e defesa pública quanto ao resultado do trabalho:
e) Propiciar a divulgação de informações resultantes de seus trabalhos e estudos que sejam de interesse público e possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida;
f) Garantir que a divulgação pública dos resultados de pesquisas e de outros trabalhos se dê de forma precisa sem omissão ou alteração de dados que prejudiquem os resultados bem como respeitar normas de citação de fontes, autores e colaboradores:
g) Garantir a devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos sujeitos sociais envolvidos:
h) Recusar empregos, tarefas ou atribuições que comprometam a dignidade do exercício da profissão bem como recusar substituir colegas exonerados ou demitidos por defender os princípios e normas deste Código:
i) Receber remuneração por seu trabalho profissional garantindo o piso salarial da categoria, os valores delimitados nos contratos coletivos de trabalho e dissídios coletivos, a equivalência com outros profissionais de nível superior nos planos de cargos e salários dos órgãos públicos ou, no caso de atividade autônoma, os valores mínimos definidos por entidades representativas da categoria:
j) Denunciar aos órgãos competentes sempre que leigos estiverem no exercício ilegal da profissão ou lidem com resultados de pesquisa ou investigações sociológicas sem os critérios devidos:
l) Receber desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional:
m) Apoiar as iniciativas e os movimentos de defesa dos interesses da categoria:
n) Denunciar a agressão e abuso de autoridades às organizações da categoria aos órgãos competentes.
o) Ter acesso às oportunidades de aprimoramento profissional.

CAPÍTULO II
DOS DEVERES

Art. 8 - São deveres do Sociólogo:
a) Desempenhar suas atividades profissionais observando a legislação em vigor:
b) Conhecer, cumprir, divulgar e fazer cumprir este Código:
c) Valorizar e dignificar a profissão bem como defender seu livre exercício:
d) Prestigiar as entidades representativas da categoria na defesa de seus direitos: as entidades científicas no aprimoramento das Ciências Sociais e as entidades democráticas na defesa da liberdade de expressão e da justiça social:
e) Combater e denunciar formas de corrupção e manipulação de informações, em especial quando comprometam o direito público da veracidade dos fatos, as ações políticas dos cidadãos e a justiça, e o favorecimento pessoal ou de grupos;
f) Combater a prática da perseguição ou discriminação por motivos sociais, políticos, religiosos, raciais ou juízo subjetivo, bem como defender o respeito ao direito à privacidade do cidadão;
g) Recusar e denunciar o desenvolvimento de pesquisas ou divulgação de seus resultados, quando houver manipulação nos critérios da metodologia científica e das normas internacionais, quando visar interesse ou favorecimento pessoal ou de grupos, com vantagens políticas ou econômicas, ou quando forem contrários aos valores humanos.
h) Ao atuar junto às instituições, responsabilizar-se por suas ações no sentido de contribuir para o desenvolvimento de seus objetivos, de acordo com os princípios e normas deste Código;
i) Responder pelas informações resultantes de estudos e pesquisas bem como pelas intervenções, assessorias e orientações desenvolvidas, desde que o trabalho em questão não tenha sido alterado por terceiros;
j) Não ser conivente com erros, faltas éticas ou morais, crimes ou contravenção de serviços profissionais;
l) Na realização de estudos e pesquisas, respeitar a dignidade de pessoas e grupos envolvidos nos trabalhos aos quais devem ser informados sobre os riscos e resultados previsíveis da sua informação e participação;
m) Procurar viabilizar a devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos sujeitos sociais envolvidos;
n) Denunciar às autoridades e órgãos competentes as coações e agressões físicas e morais sofridas no exercício da profissão;
o) Aprimorar de forma contínua os seus conhecimentos, colocando-os a serviço do fortalecimento da organização e consciência da sociedade.
p) Pagar regularmente suas obrigações com as entidades profissional às quais for associado.

CAPÍTULO III
DO SIGILO PROFISSIONAL

Art. 9 - O Sociólogo deve observar o sigilo profissional sobre todas as informações confiadas e/ou colhidas no exercício profissional.
Parágrafo 1º - A quebra do sigilo só é admissível quando se tratar de situação cuja gravidade possa trazer prejuízo aos direitos humanos.
Parágrafo 2º - A revelação será feita dentro do estritamente necessário, quer em relação ao assunto revelado, quer ao grau e número de pessoas que dele devem tomar conhecimento.

Art. 10 - É vedado ao Sociólogo revelar sigilo profissional.
Parágrafo único - Intimado a prestar depoimento, deverá o Sociólogo comparecer perante a autoridade competente para declarar que está obrigado a guardar sigilo profissional, nos termos do Código Civil e deste Código.

TÍTULO IV
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS
CAPÍTULO I
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS COM AS INSTITUIÇÕES

Art. 11 - São direitos dos Sociólogos:
a) Ter condições adequadas de trabalho, respeito a autonomia profissional e dos princípios éticos estabelecidos neste Código;
b) Denunciar falhas nos regulamentos, normas e programas de instituições em que trabalha quando os mesmos ferirem os princípios e direitos contidos neste Código;
c) Recorrer às entidades representativas da categoria, ao nível estadual e nacional, contra decisões ou omissões da instituição diante de denúncias referidas no inciso anterior.

Art. 12 - É vedado ao Sociólogo:
a) Adotar determinação que fira os princípios e diretrizes contidas neste Código, ao prestar serviço incompatível com as diretrizes da regulamentação profissional;
b) Emprestar seu nome a firmas, organizações ou empresas que utilizem métodos e técnicas das ciências sociais sem seu efetivo exercício profissional;

CAPÍTULO II
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS ENTRE SOCIÓLOGOS

Art. 13 - Cabe aos Sociólogos manter entre si a solidariedade que consolida e fortalece a organização da categoria;

Art. 14 - O Sociólogo, quando solicitado, deverá colaborar com seus colegas, salvo impossibilidade real, decorrente de motivos relevantes.

Art. 15 - A crítica pública ao trabalho profissional de outro Sociólogo deverá ser sempre comprovável, de inteira responsabilidade de seu autor e fundamentada nos preceitos deste Código.

Art. 16 - É vedado ao Sociólogo:
a) Ser conivente com falhas éticas e com erros praticados por outro profissional;
b) Prejudicar deliberadamente a reputação de outro profissional divulgando informações falsas;
c) Prevalecer-se de posição hierárquica para publicar em seu nome trabalho de subordinado, mesmo que executado sob sua orientação, sem citar as fontes e os colaboradores;
d) Deturpar dados quantitativos e qualitativos;
e) Apropriar-se da produção científica de outro profissional.

Art. 17 - Ao Sociólogo deve ser assegurada a mais ampla liberdade na realização de seus estudos e pesquisas.

CAPÍTULO III
DAS RELAÇÕES COM AS ENTIDADES DA
CATEGORIA E DEMAIS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL

Art. 18 - O Sociólogo deve defender a profissão através de suas entidades representativas, participando das organizações que tenham por finalidade a defesa dos direitos profissionais no que se refere a melhoria das condições de trabalho, à fiscalização do exercício profissional e ao aprimoramento científico.

Art. 19 - O Sociólogo deverá apoiar as iniciativas e os movimentos de defesa dos interesses da categoria e divulgar no seu espaço institucional as informações das suas organizações, no sentido de ampliar e fortalecer o seu movimento.

Art. 20 - É vedado ao Sociólogo valer-se de posição ocupada na direção de entidade da categoria para obter vantagens pessoais, diretamente ou através de terceiros.

Art. 21 - O Sociólogo, ao ocupar uma chefia, não deve usar a sua autoridade funcional para obstaculizar a liberação total ou parcial da carga horária do profissional que a solicite, com base legal, às instâncias superiores.

TÍTULO V
DA APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA

Art. 22 - A Federação Nacional dos Sociólogos, os Sindicatos e Associações Profissionais manterão Comissão de Ética para assessorá-la na aplicação e observância deste Código.

Art. 23 - A Comissão de Ética será eleita por voto secreto, de forma separada da Diretoria da entidade, tendo mandato de igual duração.

Art. 24 - Fica a critério das entidades definir sua composição de acordo com seus Estatutos aprovados em Assembléia Geral da categoria.

Art. 25 - O descumprimento do presente Código de Ética fica sujeito a penalidades desde a advertência à eliminação dos quadros da entidade, na forma dos dispositivos legais e/ou regimentais.

Art. 26 - Constituem infrações disciplinares:
a) Transgredir preceito do Código de Ética;
b) Exercer a profissão quando impedido, ou facilitar o seu exercício por quem não esteja devidamente habilitado;
c) Aos que violarem sigilo profissional;
d) Aos que tenham conduta incompatível com o exercício profissional;

Art. 27 - São medidas disciplinares aplicáveis;
a) Advertência em aviso reservado;
b) Advertência pública;
c) Eliminação dos quadros da entidade.

Art. 28 - A pena de advertência, reservada ou pública, será aplicada nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do Art. 27.

Art. 29 - A pena de eliminação dos quadros da entidade será aplicada:
a) Nos casos em que couber a pena de advertência e o infrator for reincidente;
b) Aos que fizerem falsa prova dos requisitos exigidos para registro profissional;

Art. 30 - Serão considerados na aplicação das penas os antecedentes profissionais do infrator e as circunstâncias em que ocorreu a infração.

Art. 31 - Qualquer Sociólogo, cidadão ou instituição poderá dirigir representação escrita e identificada aos Sindicatos, Associações Profissionais ou à Federação Nacional para que seja apurada a existência de transgressão cometida por Sociólogo.

Art. 32 - Cabe à Comissão de Ética, criada pela entidade referida no artigo anterior, analisar as infrações a este Código que cheguem ao seu conhecimento.
Parágrafo 1º - Decidindo a Comissão pela apuração dos fatos, será notificado o indiciado, garantindo-lhe acesso aos documentos e fatos componentes da acusação e a apresentação de defesa em vinte dias úteis.
Parágrafo 2º - Após o encerramento da apuração dos fatos e apresentada a defesa, a Comissão decidirá dentro de 10 dias, dando conhecimento da decisão ao Sociólogo.
Parágrafo 3º - A decisão entrará em vigor após a certificação do seu recebimento pelo profissional objeto da apuração.

Art. 33 - A não observância pelo Sociólogo à convocação ou prazos definidos no artigo precedente, implica na aceitação dos termos da representação.

Art. 34 - A partir da data da notificação da decisão da Comissão de Ética, o Sociólogo poderá recorrer a Assembléia Geral da categoria convocada para este fim, desde que sejam respeitados os Estatutos dos Sindicatos, Associações Profissionais e da Federação para a referida convocação.

Art. 35 - Compete à Federação Nacional dos Sociólogos estabelecer procedimentos quanto aos casos omissos neste Código.

Art. 36 - O presente Código somente poderá ser alterado em Congresso Nacional da categoria, cuja proposta de modificação deverá ser encaminhada às entidades para discussão com o prazo mínimo de 90 dias.

Art. 37 - Este Código entra em vigor na data da sua votação e aprovação no X Congresso Nacional de Sociólogos do Brasil.


São Paulo, 9 de março de 1997.

Lejeune Mato Grosso Xavier de Carvalho
Presidente da Federação Nacional dos Sociólogos - FNS - Brasil
Presidente dos Trabalhos da 8ª Reunião Plenária do CD da FNS


Alcione Prá
Diretor da Federação Nacional dos Sociólogos - FNS - Brasil
Regional Sudeste e Secretário dos Trabalhos da 8ª Reunião
Plenária Nacional do Conselho Deliberativo da FNS

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pressão pela licenciatura

Com a obrigatoriedade do ensino de Sociologia e Filosofia no ensino médio, aumenta a procura por cursos superiores nessas áreas e cresce o interesse dos alunos na formação docente

As instituições de ensino superior começam a colher os benefícios da aprovação, no ano passado, da lei nacional que determina a inclusão das disciplinas de Filosofia e de Sociologia na grade curricular do ensino médio, após décadas fora do currículo obrigatório. O aumento da procura pelos cursos de licenciatura começa a ser notado e a expectativa é que se intensifique a médio prazo. Além disso, um outro fenômeno se desenha: alunos e ex-alunos desses cursos pressionam as instituições para a abertura de licenciaturas.

"Desde 2005 o movimento cresceu, mas o impacto daqui por diante será bem mais significativo", acredita o coordenador do curso de Filosofia da Universidade Metodista de São Paulo, Daniel Pansarelli.

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) confirmam a trajetória exponencial. Em 2005, o total de professores de Filosofia formados no Brasil foi de 25 contra 346 de História, por exemplo. Nos dois anos seguintes, esse número saltou para 70 e 75, respectivamente. Somados, os formandos em Sociologia e Ciências Sociais chegaram a 28 em 2005; 27 em 2006 e 29 em 2007. As estatísticas do ano passado ainda não foram fechadas.

Para se ter uma ideia da evolução, há uma década apenas dez alunos concluíam o curso de Filosofia na Universidade Metodista, na qual a média de ingressantes hoje é de 60. "Há dois anos, o número de formandos varia entre 30 e 40", diz Pansarelli. Isso porque, segundo o coordenador, alguns estados incluíram a disciplina antecipadamente à lei. Ele acredita que os reflexos serão maiores em Sociologia, embora ainda não tenha base de comparação por ter lançado o curso há menos de dois anos. "Não deu tempo de formar nenhuma turma, mas a tendência é de um mercado cada vez mais atrativo, inclusive para pós-graduação", acredita.

A demanda também não deve ficar restrita ao ensino médio. O diferencial de concorrência das escolas privadas, na maioria dos casos, era justamente a oferta de disciplinas como Sociologia e Filosofia. Agora, como toda a rede pública passou a oferecê-las, a expectativa é que os colégios particulares abram espaço para as disciplinas também no ensino fundamental. Por isso, é crescente a demanda da oferta de licenciatura para bacharéis e licenciados em outras áreas.

Para suprir a carência de todo o território nacional, a Metodista lançou há dois anos e meio cursos de licenciatura a distância. A cada semestre uma nova turma é formada, além da presencial, que neste ano está com 100% de ocupação. "Existem discussões para a criação de uma segunda turma, mas não temos estrutura física para isso neste momento", diz Pansarelli.

Na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), os alunos matriculados pressionam para que o curso de bacharelado de Ciências Sociais seja estendido também à licenciatura, conta a professora Sandra Machado Lunardi Marques, do Departamento de Fundamentos da Educação da PUC-SP. O atual currículo de Filosofia, assim como o anterior, oferece licenciatura, embora a opção da maioria seja pelo bacharelado.

Um impulso para o mercado, segundo Sandra, é a quantidade de aulas de Filosofia, Sociologia ou Psicologia existentes no ensino médio. "Dado o número insuficiente de licenciados em Filosofia e Sociologia, essas disciplinas têm sido ministradas por professores de outras áreas, como Letras e Pedagogia; portanto, existe uma carência de fato pelos licenciados em questão", diz. Ela destaca, porém, que a instituição está preparada para atender à possível demanda, pois tem professores capacitados para isso.

Na Uniban, a procura pelo curso de Filosofia, lançado em 2008, também aumentou sensivelmente este ano. A tendência é de evolução, avalia o coordenador pedagógico da instituição, Adalberto Botarelli. "Foi uma conquista significativa, mas ainda há outras fronteiras, como instituir uma jornada ampliada e, consequentemente, de melhor qualidade", diz.

A opinião de Botarelli é semelhante à de Sandra. Ambos chamam a atenção para o quadro desenhado pela falta de licenciados em Filosofia e Sociologia. Estima-se que mais de 40% dos docentes do Estado de São Paulo sejam temporários, ministrando disciplinas que não cursaram, sem ter a certeza de assumi-las no próximo ano. Daí a baixa procura desses professores por cursos de formação continuada. "Também são carreiras que nunca serão de massa pela demanda teórica", afirma Botarelli.

Mesmo assim, trata-se de um mercado em expansão seja para o licenciado, seja para o bacharel. "A esfera pública, o setor privado e o chamado terceiro setor sentem uma necessidade crescente por profissionais que saibam dar respostas aos problemas e às demandas que vêm da sociedade", acredita o diretor acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), Aldo Fornazieri.

Segundo ele, a revolução tecnológica e a globalização, com suas complexas consequências, estão fazendo também com que o século XXI seja o século de uma crescente mediação de sociólogos, cientistas políticos, antropólogos e cientistas sociais. "Sem uma forte intervenção da área do conhecimento social, as sociedades caminhariam de forma crescente para disfunções e anomalias", diz.

Embora não possa mensurar esse crescimento, Fornazieri conta que na Fespsp existe procura e pressão muito forte por parte dos alunos e ex-alunos para que a instituição ofereça o curso de licenciatura. "Estamos nos momentos finais de elaboração e aprovação do projeto pedagógico que reforma o nosso curso de bacharelado em Sociologia e Política. Lançaremos um curso de dupla certificação: bacharelado e licenciatura", adianta.

A ideia é que os ingressantes do vestibular 2009/2010 já entrem nesse curso. A vantagem, segundo Fornazieri, será enorme. Além de se capacitar para lecionar, o aluno terá a certificação também no bacharelado. "O nosso aluno, como futuro professor, estará apto a proporcionar níveis importantes de compreensão da atual complexidade social ao estudante de nível médio, justamente por ser também um bacharel. E, como bacharel, estará capacitado tanto a exercer uma pedagogia deste mesmo entendimento complexo quanto para atuar como pesquisador, planejador social, gestor, assessor ou analista", observa.

A busca por esse profissional gabaritado ainda é uma dificuldade para os colégios de ensino médio na hora de preencher o quadro. "Profissionais portadores de um diploma de licenciatura em Sociologia ou Filosofia existem, mas pouquíssimos têm mostrado as habilidades necessárias para desenvolver junto aos adolescentes um curso realmente instigante", reclama o diretor de Ensino Médio do Colégio I.L.Peretz, Francisco Eduardo de Aguirra.


Por Rachel Cardoso

terça-feira, 15 de junho de 2010

Lei que dispõe sobre a profissão de sociólogo

Para quem ainda não conhece a lei que rege a nossa futura profissão, segue ai embaixo a lei em suma.
Lei nº 6.888, de 10 de dezembro de 1980

Dispõe sobre o exercício da profissão do Sociólogo e da outras providências.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e ou sanciona a seguinte lei:

Art. 1º - O exercício, no País, da profssão de Sociólogo, observadas as condições de ghabilitação e as demais exigências legais, é assegurado:

a) aos bacharéis em Sociólogia, Sociologia e Política ou Ciências Sociais, diplomados por estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos;

b) aos diplomados em curso similar no exterior, após a revalidação do diploma, de acordo com a legislação em vigor;

c) aos licenciados em Sociologia, Sociologia e Política ou Ciências Sociais, com licenciatura plena, realizada até a data da publicação desta lei, em estabelecimentos de ensino superior oficiais ou reconhecidos;

d) aos mestres ou doutores em Sociologia, Sociologia e Política ou Ciências Sociais, diplomados até a data da publicação desta lei, por estabelecimento de Pós-Graduação oficiais ou reconhecidos;

e) aos que embora não diplomados nos termos das alíneas a, b, c, e d, venham exercendo efetivamente, a mais de cinco anos, atividade de sociólogo, até a data da publicação desta lei.

Art. 2º - É da competência do sociólogo:

I - elaborar, supervisionar, coordenar, planejar, programar, implantar, controlar, dirigir, executar, analisar ou avaliar estudos, trabalhos, pesquisas, planos programas e projetos atinentes à realidade social;

II - ensinar sociologia geral ou especial nos estabelecimentos de ensino, desde que cumpridas as exigências legais;

III - assessorar e prestar consultoria a empresas, órgãos da administração pública direta ou indireta, entidades e associações, relativamente à realidade social;

IV - participar da elaboração , supervisão, orientação, coordenação, planejamento, programação, implantação, direção, controle, execução, análise ou avaliação de qualquer estudo, trabalho, pesquisa, plano, programa ou projeto global, regional ou setorial, atinente à realidade social.

Art. 3º - os órgãos públicos da administração direta ou indireta ou entidade privadas, quando encarregados da elaboração e execução de plano, estudos, programas e projetos sócio-econômicos ao nível global, regional ou setorial, manteram, em caráter permanente, ou enquanto pardurar a referida atividade, Sociólogos legalmente habilitados, em seu quadro de pessoal, ou em regime de contrato para a prestação de serviços.

Art. 4º - as atividades de Sociólogo serão exercidas na forma de contrato de trabalho, regido pela consolidação das Leis do Trabalho, em regime do estatuto dos funcionários públicos, ou como atividades autônoma.

Art. 5º - admitir-se-á, igualmente, a formação de empresas ou entidades de prestação de serviço previstos nesta Lei, desde que as mesmas mantenham sociólogo como responsável técnico e não cometam atividades prevativas de sociólogo a pessoas não habilitadas.

Art. 6º - o exercício da profissão de sociólogo requer prévio registro no Órgão competente no Ministério do Trabalho, e se fará mediante a apresentação de:

I - Documento comprobatório de conclusão dos cursos previstos nas alíneas a, b, c e d do artigo 1º, ou a comprovação de que vem exercendo a profissão, na forma de alínea e do art. 1º;

II - Carteira Profissional.

Parágrafo Único: para os casos de profissionais incluídos na alínea e do art. 1º, a regulamentação desta lei disporá sobre os meios e modos da devida comprovação, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da data da respectiva publicação.

Art. 7º - o Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias.

Art. 8º - esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º - revogam-se as disposições em contrário.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Servidores e alunos da UERR terão horário especial em dias de jogos do Brasil

O governador José de Anchieta assinou, nesta segunda-feira (14), o Decreto nº11. 494 que estabelece horário de funcionamento especial nos órgãos da administração direta e indireta do Poder Executivo, nos dias dos jogos da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo da África do Sul.

Durante o torneio, que ocorre de 11 de junho a 11 de julho deste ano, o governo determina, em caráter excepcional, horários diferenciados de expediente para os funcionários públicos estaduais, com exceção daqueles que trabalham em serviços considerados essenciais, entre eles policiais, médicos e enfermeiros.

Conforme estabelecido no Decreto, quando a seleção brasileira disputar os jogos às 10h, o expediente será das 13h30 às 19h30. Nos dias em que o time brasileiro tiver jogo marcado para o horário das 14h30, o expediente será das 7h30 às 13h30.

Aulas - Na UERR, as turmas da tarde não terão aula nesta terça-feira (15). As turmas matutinas e noturnas terão atividades normais.

Demais jogos - A reposição das aulas que deveriam ser ministradas nos turnos em que as atividades da UERR forem alteradas em função dos jogos da Copa do Mundo deverão ser definidas com a Coordenação de cada curso.

Em todas as datas que houver jogo do Brasil não haverá alteração das atividades normais das turmas da noite.

Parabéns para nossa amiga, Maria da Gloria, que comemorou sua idade nova no último domingo dia 13/06.


Parabéns Gloria

Pais denunciam professor por ofensa no interior de SP

Mestre é acusado de chamar aluna de 'songamonga' e 'morta'.
Caso ocorreu em Sorocaba; diretoria de ensino apura o caso.

A família de uma estudante de 15 anos denunciou um professor da Escola Estadual Genésio Machado, de Sorocaba, no interior de São Paulo, pela prática de violência verbal e intimidação contra a aluna. De acordo com a mãe da garota, Viviane Aparecida Barbieri Vicentini, durante uma aula, no início do ano, o professor ofendeu a menina, referindo-se a ela como "songamonga" e "morta". Como a aluna reclamou do tratamento, passou a ser perseguida pelo professor.

Viviane e o marido, que é professor da rede estadual, procuraram a direção da escola. Segundo a dona de casa, a opção oferecida foi de transferência para outra classe, mas ela não concordou. "Não queria que minha filha fosse transferida para uma turma mais fraca." De acordo com os pais, não havia registro de advertência contra a aluna na diretoria. Mesmo assim, no boletim referente ao primeiro bimestre, a aluna teve falta nas 51 aulas da disciplina do professor e zerou todas as notas. "Interessante que em outras disciplinas ela teve presença e recebeu notas", disse a mãe.

Segundo os pais, em decorrência do episódio, a garota passa por tratamento psicológico. Eles procuraram a Polícia Civil e registraram uma ocorrência para preservação de direitos. Em seguida, transferiram a adolescente para outra escola, mas decidiram processar o professor e o estado. "A direção queria que minha filha saísse da escola em vez de resolver o caso com o professor. Vamos entrar com o processo para que não aconteça com outras pessoas."

Procurados, o professor e a diretora da escola alegaram que o caso estava sendo avaliado pela Secretaria de Estado de Educação e eles não estavam autorizados a se manifestar. A assessoria de imprensa da secretaria informou que a diretoria de ensino de Sorocaba já tem uma apuração preliminar do caso em andamento e, havendo culpados, os responsáveis serão punidos.

Um professor da escola, que não quis se identificar, defendeu o colega que, segundo ele, é um professor rígido, mas incapaz de ofender um aluno. Os pais da menina disseram ter testemunhas de que o professor tratava a aluna usando termos pejorativos e implicava com ela
Fonte: G1 Educação

domingo, 13 de junho de 2010

Opinião: Ser aluno do último ano do ensino médio não é tarefa simples

Ter idade legal para determinadas coisas não é garantia de amadurecimento.
Estudantes se sentem obrigados a decidir por profissão de sucesso.

Ser aluno do último ano do ensino médio não é tarefa das mais simples. A medida que o tempo passa, mais próximas ficam algumas coisas que antes pareciam distantes. De tão esperadas, vão se tornando temidas. Mais que encerrar um ciclo que confere ao jovem status de adulto, obriga-o a se despedir de coisas infantis e a tomar decisões para as quais nem sempre está preparado.

Quantos não esperam os 18 anos para poder dirigir e entrar em qualquer programa noturno sem problemas? Junto a isso, eles têm que se preparar para o vestibular e passar, decidir sobre uma profissão e encarar a separação da turma da escola.

Isso tudo, acompanhado, por vezes, de uma pressão dos pais que concluem que, por causa da idade, já estão maduros para enfrentar essas coisas tranquilamente. Não é bem assim.

Ter a idade legal para determinadas coisas não é garantia de amadurecimento emocional ou físico para assumirem determinados papéis. Inclusive o de ser motorista de carro.

Pois é, a tão esperada maturidade pode ser assustadora. A possibilidade de fazer algumas coisas não é algo simples, pois cria expectativas para os próprios jovens de que sempre vão ter que tomar a atitude correta e das mais acertadas. Como se supõe que um adulto deva fazer.

Uma delas é passar no vestibular. Tenho observado que muitos adolescentes, apesar de seus 16 anos, consideram ser obrigatório passar nessa prova, e em uma faculdade pública, sendo para eles um ano perdido caso tenham que fazer um curso preparatório para o vestibular.

Como se nada além na vida tivesse importância. Inclusive, muitos deles, nem se decidiram por uma carreira à qual gostariam de se dedicar (situação perfeitamente normal para essa idade).

Outra coisa que observo é a necessidade de escolherem inevitavelmente uma profissão certeira no terceiro ano do ensino médio, que garanta sucesso e dinheiro. Mesmo que não seja algo que gostem, não dando a si próprios a chance de se olharem para que possam reconhecer aquilo que querem realmente fazer.

Por isso, às vezes desejando e se enquadrando em alguma profissão, optam por aquelas que lhe permitirão no futuro fazer diversas coisas. Como é o caso da administração de empresas.

Com a escolha de uma carreira como esta, consideram que, por suas características, terão um leque considerável de opções. Além de protelarem a decisão por algo que querem fazer, também criam, de maneira onipotente, a ilusão de que não estão abrindo mão de nada (como é o caso de qualquer escolha). E, é claro, “garantem o futuro”.

Por sua imaturidade e pouca vivência, não conseguem vislumbrar as diversas possibilidades que as outras carreiras oferecem e a capacidade que eles têm para construírem seus caminhos. Que é quando, muitas vezes, uma pessoa encontrará realização profissional.

A necessidade sempre ajuda o indivíduo a ser mais criativo. Caso não seja possível seguir por um caminho dentro da profissão escolhida, outros aparecerão, sem ter, necessariamente, que abrir mão do que realmente gosta.

Para que possam seguir em frente e se cobrar menos, pois muitas dessas exigências vêm deles próprios e não de seus pais, eles necessitam que seus familiares possam ajudá-los a amadurecer. Propiciando a eles a compreensão do quão difícil é crescer e tomar atitudes certeiras. Algo que leva tempo e exige vivência.

Não há fórmula mágica. Encarando as dificuldades e aceitando as incertezas da vida, poderão se perdoar caso algo não dê certo.

(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)
Fonte: G1

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Opinião: Figurinhas da Copa propiciam aprendizado interessante

Estamos em contagem regressiva para o início do maior campeonato de futebol existente – a Copa do Mundo. Esse é um dos momentos em que nosso país mais vibra. O fato de sermos campeões, considerados os melhores, respeitados e temidos ao mesmo tempo, deixa-nos muito orgulhosos.

Esse talvez seja o evento que mais faz aflorar o patriotismo do nosso povo, que com muita satisfação se veste de verde e amarelo.

E aqui estamos na expectativa de levarmos mais uma vez a taça para casa. Mas enquanto os jogos não iniciam, arrumamos um jeito de já irmos saboreando esse acontecimento. Como é o caso do álbum da copa, que tem sido "febre" entre crianças, adolescentes e adultos. Tendo até espaços reservados em alguns shoppings de São Paulo para a troca de figurinhas repetidas entre os colecionadores.

Para alguns isso pode parecer uma grande perda de tempo e dinheiro. No entanto, a atividade de colecionar figurinhas tem propiciado às crianças um aprendizado bem interessante. Por exemplo, todo colecionador necessita ter um método de organização. A criança terá de criar um jeito de fazer com que, diante de mais de 600 cromos, ela faça uma arrumação para colocá-los no lugar certo. Os adultos provavelmente usariam apenas a sequência numérica.


Para as crianças menores, lidar com números muito altos pode ser confuso. Arrumar as figurinhas de acordo com o país, observando camisa e símbolo, para elas é mais fácil. O que não significa ser simples. Fazer isso exige muita atenção e observação. Alguns times têm suas camisas muito parecidas umas com as outras, diferenciando-se por um pequeno detalhe.

Depois, é necessário encontrar seu espaço nas duas páginas reservadas a cada país. Para tanto, terá que ler o número do cromo e procurá-lo nessas páginas, exercitando a memória imediata e a sequência numérica. Ao colar a figurinha, a criança tem que usar da coordenação motora fina.

Patriotismo

Sem contar o conhecimento que ela vai adquirindo sobre os outros países. Podem surgir peguntas sobre o idioma de um país ou curiosidades como, por exemplo, se é longe ou perto do Brasil. Se houver possibilidade, pode ser usado um mapa para localizá-los. Sem, é claro, transformar a diversão em uma aula de geografia.

O aprendizado social se dá nos momentos de troca. É necessário abordar o amigo e fazer uma negociação, o que exige organização. O colecionador precisa saber as figurinhas que têm e as que estão faltando. Manter as repetidas para as trocas, em lugar separado e em bom estado, exige responsabilidade.

Algumas escolas têm permitido a permuta das figurinhas em determinados dias da semana. Assim, além de aproveitarem esse interessante material de aprendizado, evitam que as crianças levem o álbum escondido. Pois uma coisa é certa, elas não vão deixar de colecionar.

Além de tudo o que foi dito, esse exercício cultiva algo precioso: o sentimento de patriotismo, que faz o indivíduo sentir que pertence a um lugar e a um grupo de pessoas com algo em comum. E, é claro, de passarmos às nossas crianças a importância do futebol para a nossa nação.

Boa sorte para nós!

(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)
Fonte: G1

domingo, 6 de junho de 2010

Discussão

Encontrei esse video na internet e gostaria de fazer algo novo neste blog, que tal iniciarmos uma discussão sobre cultura. No Brasil é inaceitavel uma criança de 2 anos fumar, mas na Indonésia é totalmente normal ver bebês de 2 anos fumando até 2 carteiras de cigarro por dia. O que acham disso?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Alunos Protestam




Estudantes da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) protestaram, nesta quarta-feira (2), pedindo ar-condicionado em algumas salas de aula. De acordo com a assessoria de imprensa da Unicap, os alunos foram recebidos pela direção da universidade. Eles terão a solicitação atendida, mas ainda não há prazo definido. A manifestação ocorreu no campus da Unicap, no Recife. Os alunos usavam roupas de banho, protetor solar e bebiam água de coco. (Foto: Helia Scheppa/JC Imagem/AE)
Fonte: G1

Os alunos de Roraima reclamam muito do intenso calor nas salas de aula, mas ninguem toma uma providência... esses alunos tomaram.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Lula sanciona lei que determina instalação de bibliotecas em escolas

Cada unidade deve ter pelo menos um título por aluno matriculado.
'Diário Oficial' também tem determinação sobre salas de aula em presídio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país, incluindo públicas e privadas. De acordo com o texto, publicado no "Diário Oficial" da União nesta terça-feira (25), cada biblioteca deve ter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado.

A organização, a manutenção e o funcionamento desses novos espaços devem ser definidos pelas instituições.

Ainda segundo a publicação oficial, as bibliotecas escolares devem contar com "coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura". O prazo máximo para a instalação dessas bibliotecas é de dez anos.

Também no "Diário Oficial", há uma lei que autoriza a instalação de salas de aulas em presídios. Nesses locais, devem ser realizados cursos do ensino básico e profissionalizante. Essa determinação entra em vigor a partir da data da publicação.
Fonte: G1

segunda-feira, 24 de maio de 2010

MEC faz seleção para professores da rede pública em 2011

O Ministério da Educação (MEC) planeja um concurso nacional para selecionar professores que desejam atuar na rede pública. A prova será em 2011 e, no primeiro momento, será destinada a docentes que tenham interesse em trabalhar com alunos dos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil.

A idéia do concurso surgiu no ano passado e, segundo o Ministério da Educação, é uma demanda das próprias redes de ensino estaduais e municipais. A seleção funcionará nos moldes do atual Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): o professor faz a prova e depois poderá utilizá-la para ingressar em diferentes redes que aderirem ao processo seletivo. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) será responsável pelo exame.

“Hoje cada um faz seu concurso de forma descentralizada, contratando empresas. Nós fizemos uma pesquisa e percebemos que os conteúdos cobrados no concurso eram muito limitados, as questões eram superficiais”, explicou a coordenadora-geral de instrumentos e medidas educacionais do Inep, Gabriela Moriconi.

O órgão buscou inspiração em processos seletivos de países com bons indicadores educacionais para desenvolver o projeto do concurso nacional. “Procuramos saber quais são os padrões do que seria um bom professor, que tipo de conhecimento e habilidades ele deveria ter no momento do ingresso. Depois adaptamos às necessidades do Brasil”, explicou.

A matriz dos conteúdos que serão cobrados na prova estará disponível para consulta pública ainda essa semana. Professores, universidades, estados e municípios vão poder opinar sobre o modelo da prova durante 45 dias. Logo depois, terá início o período de adesão das redes de ensino. A idéia é que o professor, antes de fazer a prova, possa consultar quais localidades vão utilizar a nota do concurso nacional para selecionar seus profissionais. Segundo Gabriela, as secretarias de educação têm mostrado bastante interesse nesse modelo de seleção.

“Para os municípios, especialmente, é muito complicado fazer o concurso, custa muito caro. Alguns passam muito tempo sem fazer concurso, contratando professores temporários para suprir a necessidade”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Juiz de MG condena estudante a indenizar colega por bullying

Pais de adolescente terão de pagar R$ 8 mil. Cabe recurso da decisão de primeira instância.

O juiz Luiz Artur Rocha Hilário, da 27ª Vara Cível de Belo Horizonte, condenou um estudante de 7ª série a indenizar uma colega de classe em R$ 8 mil pela prática de bullying, segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cabe recurso da decisão.

De acordo com o processo, a estudante ganhou apelidos e começou a ouvir insinuações do colega logo no início do convívio escolar. A menina disse ainda que as “incursões inconvenientes” passaram a ser mais frequentes com o passar do tempo. Segundo a decisão, os pais da garota chegaram a conversar na escola, mas não obtiveram resultados satisfatórios.

Além de indenização por danos morais, a estudante pediu a prestação, pela escola, de uma orientação pedagógica ao adolescente, o que o juiz considerou desnecessário. “O exercício do poder familiar, do qual decorre a obrigação de educar, segundo o artigo 1.634, inciso I, do Código Civil, é atribuição dos pais ou tutores”, disse na decisão.

Ainda de acordo com o processo, o representante do colégio declarou que todas as medidas consideradas pedagogicamente essenciais foram providenciadas.

No processo, os responsáveis pelo estudante disseram que brincadeiras entre jovens não podem ser confundidas com a prática do bullying e afirmaram que o adolescente, após o ajuizamento da ação, começou a ser chamado de “réu” e “processado”, com a pior conotação possível.

Pelas provas, o juiz considerou comprovada a existência do bullying. “O dano moral decorreu diretamente das atitudes inconvenientes do menor estudante, no intento de desprestigiar a estudante no ambiente colegial, com potencialidade de alcançar até mesmo o ambiente extra-colegial”, disse na decisão.

Analisando as atitudes do estudante, o juiz destacou que, apesar de ser um adolescente e estar na fase de formação física e moral, há um limite que não deve ser excedido.

Para ele, as atitudes do estudante “parecem não ter limite”, considerando que, mesmo após ser repreendido na escola, prosseguiu em suas atitudes inconvenientes com a estudante e com outras colegas.

“As brincadeiras de mau gosto do estudante, se assim podemos chamar, geraram problemas à colega e, consequentemente, seus pais devem ser responsabilizados, nos termos da lei civil”, concluiu o juiz.

Fonte: G1

É... vou ter que parar de brincar com a Jucinara... vai que ela me processa rsrss... Eduardo Othon

terça-feira, 18 de maio de 2010

II Encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia

1ª Circular do II Encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia na Região Norte

Local: Belém/Pará



Período: 13 a 15 de setembro de 2010.


A Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) tem desempenhado importante papel no processo de institucionalização e legitimidade da sociologia como ciência no Brasil. Sua trafetória é marcada por atividades que levaram à construção do conhecimento e da identidade nessa área acadêmica, desde seu primeiro Congresso, em 1954. Na sequência de eventos abrangentes, há o Congresso em 1962 e, a partir da década de 80, a SBS institucionaliza seus Congressos como importantes eventos com recortes temático ou regionais, a exemplo do relizado desde 2008 na Amazônia.


O I Encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia na Região Norte foi realizado pela Universidade Federal do Amazonas em Setembro de 2008, em Manaus, e teve como Tema "Amazonia: em busca de novas abordagens".


O II encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia da Região Norte que ocorerá no período de 13 a 15 de setembro de 2010, na cidade de Belém, pretende atrair colegas de instituiçoes de ensino e de pesquisa, profissionais da sociologia e ciência afins de instituições públicas e privadas, estudantes de programas de graduação e pós-graduação em Sociologia e Ciências Sociais, e demais interessados nos estudos Amazônicos.

Nosso vai mais além das fronteiras amazônicas pois pretendemos divulgar esse evento nas redes latino-americanas, certos de que a problemática transcultural é um ângulo importante que ressalta a relevância da cooperação acadêmica continental na área da sociologia. Assim, optamos por utilizar o termo Amazônia no plural. Assim, as Amazônias, em função da sua diversidade de formações sociais, de suas diferenças étinicas, culturais, políticas, econômicas e identitárias. As Amazônias como referência não somente às sociedades e culturas existentes no território brasileiro como também incluindo aquelas presentes nos oito países com os quaiso Brasil faz limite na Amazônia , contituindo uma grande região plural, nomeada Pan-Amazônia. É sobre esse espaço de diversidade social que este II Encontro da SBS no Norte pretende construir balanças temáticas e estimular o campo da pesquisa sociológica na perspectiva crítica e de idéia/chave a inexorável diversidade epistemológico do mundo, e a necessidade de produzir rupturas pela percepção de outros saberes, o que é fundamental à construção de novos diálogos nas ciências sociais.

O objetivo geral do II Encontro da SBS Norte é propiciar o encontro do conhecimento produzido na área da sociologia e ciências afins, do Brasil com a produção sociológica da região Norte, não deixando de considerar as singularidades das Amazônias e a construção, nessa perspectiva, de objetos de estudo.

Informamos que a estrutura do II Encontro da SBS Norte será composta de Conferências, Mesas Redondas, Grupos de Trabalho, Mini-Cursos e Mostra áudio-visual. Comunicamos ainda que brevemente será enviada a 2º Carta Circular contendo a Chamada de Grupos de Trabalhos e Mini-Cursos.

Informe aos bolsistas do PIBID

Foi confirmado o aumento da bolsa auxílio do PIBID, o valor antigo era de R$ 350,00 e agora passa a ser R$ 400,00.

Animem-se e estudem os textos para o proximo encontro dia 19/05/2010 as 17h30min

Eduardo Othon

Justiça determina que pais de aluno indenizem professora agredida no RS

Docente teria levado tapas no braço e no ombro ao repreender estudante.
Decisão foi tomada em segunda instância; cabe recurso.

A Justiça do Rio Grande do Sul determinou que os pais de um aluno que agrediu uma professora, em Jaguarão (RS), devem indenizá-la em R$ 2 mil por danos morais. De acordo com o Tribunal de Justiça do estado, a decisão foi tomada em segunda instância. Cabe recurso.

Segundo o TJRS, a professora foi agredida depois de repreender o aluno, que estava atirando bolinhas em outra estudante durante o recreio. A professora afirmou à Justiça que o garoto, de 13 anos, teria dado tapas em seu braço e em seu ombro. Após o fato, a educadora tirou licença para acompanhamento psicológico. O Tribunal de Justiça não informou a data em que ocorreu o caso.

Em primeira instância, a Justiça determinou o pagamento de indenização de R$ 690 por danos materiais e R$ 3,5 mil por danos morais, mas os pais do aluno recorreram da decisão. Em segunda instância, a Justiça manteve a condenação, mas reduziu a indenização para R$ 2 mil por danos morais, por entender que a quantia é suficiente para compensar os danos sofridos pela vítima. A Justiça manteve o valor fixado para danos materiais, pois os gastos foram comprovados por recibos.
Fonte: G1

domingo, 16 de maio de 2010

Sobre política

As eleições estão chegando e há quem diga que as grandes mídias de massa ajudam candidatos pré selecionados por eles, para saber mais um pouco sobre como as midias influenciam as massas leia o artigo abaixo, basta clicar no link.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-62762006000100004&script=sci_arttext

RESUMO

Utilizando os modelos de análise propostos por Hallim e Mancini para comparar sistemas de mídia e sistemas políticos, o artigo descreve, classifica e discute o sistema de mídia brasileiro e sua relação com o sistema político no atual período democrático tendo como foco o comportamento do jornalismo político. São enfatizadas na análise as coberturas eleitorais da chamada grande imprensa durante as eleições presidenciais (1989, 1994, 1998 e 2002) e as mudanças operadas do ponto de vista da diversidade externa e interna do sistema de mídia, bem como da sua capacidade de promover o debate pluralista.

Palavras-chave: mídia de massa, imprensa, monopólio, democracia.
Fonte: Scielo e comunidade de Sociologia e Antropologia do orkut.

sábado, 15 de maio de 2010

MEC fará exame para selecionar professores em todo país

Convencido de que os concursos públicos para professores são de baixa qualidade, especialmente nos pequenos municípios, o Ministério da Educação (MEC) prepara o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, espécie de Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) do magistério. A matéria foi publicada na edição deste sábado, pelo jornal O Globo. A ideia é que a prova seja aplicada pela primeira vez em 2011, já no próximo governo. Na semana que vem, o ministério submeterá a uma consulta pública proposta com os conteúdos que deverão ser cobrados no exame.

Assim como os jovens que fazem o Enem disputam vagas em diferentes universidades, o MEC quer que o Exame Nacional de Ingresso selecione professores para trabalhar em redes municipais e estaduais de todo o país. O alcance do novo teste dependerá da adesão de governos municipais e estaduais. Eles terão liberdade também para decidir se o novo teste será o único critério de seleção ou se deverão ser considerados outros fatores, como provas de títulos.

Na prática, o sistema funcionaria assim: em vez de promover um concurso público, a prefeitura que aderir ao exame lançaria um edital, informando o número de professores que pretende contratar. Em seguida, profissionais de qualquer parte do país poderiam candidatar-se, apresentando a nota obtida no exame.

A proposta de conteúdos que devem constar na prova será divulgada na internet, na página do ministério (www.mec.gov.br). O texto ficará aberto a críticas e sugestões por 45 dias. Uma vez concluída, a versão definitiva orientará a elaboração da chamada matriz do exame, que serve de base para a formulação das questões.

Até o fim do ano, o MEC pretende concluir a elaboração de um banco de questões, a partir do qual o próximo governo poderá aplicar a prova. Além da parte objetiva, o teste poderá ter uma redação.

Com informações do jornal O Globo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Filmes para trabalhar com alunos do EM.

  • Homens brancos não sabem enterrar - racismo, preconceito, cultura do gueto;
  • Um pobretão na Casa Branca - Política, preconceito;
  • Os deuses devem estar loucos - cultura, capitalismo;
  • X-Men - preconceito, minorias ;
  • Edukators - filme alemão que abre passagem pra discussões sobre sociedade desigual, necessidade ou não por lutas e revoluções, problemas individuais e coletivos do ponto de vista filosófico do "agir", política e história;
  • Surplus - curta-metragem sobre a sociedade de consumo e suas contradições, porém sem ser apologia "esquerdista" que coloca(ria) o "comunismo" como solução, e sim, fazendo um olhar crítico sobre este (também);
  • V de Vingança - um ótimo filme adaptando os ótimos quadrinhos de Alan Moore e David Lloyd, trata e possibilita discussões acerca de temas como alienação, opressão, resistência, cultura e diferenças, preconceito (racial, de gênero, etc), fascismo (enquanto instrumento político), totalitarismo e ditadura, dentre outras coisas;
  • Clube da Luta - sobre a sensação de "falta de parâmetro" e "falta de objetivos" que sentimos (e vivemos) em nossa atual (e decadente) sociedade, possibilitando discussões sobre eventuais saídas ou mesmo apenas como reflexão não alienada sobre a vida e nossas limitações tão passivamente aceitas no dia a dia;
  • Instinto - um ótimo filme com Anthony Hopkins que traz discussões filosóficas e sociológicas (e até antropológicas) sobre a ideia que temos sobre a vida e sobre os valores que atribuímos à ela;
  • Matrix I - numa linha mais futurista é ótimo pra se discutir questões como representatividade, alienação, etc;
  • O Grande Ditador - perfeita paródia sobre o Nazismo e o Fascismo que ensina com bom humor um momento trágico do Séc XX;
  • Tempos Modernos - a mecanização, a automação e a frenética rotina imposta pelo capitalismo em mais um ótimo filme de Chaplin;
  • Bicho de Sete Cabeças - sobre a diferença e os sistemas de "cura" ou "corretivos" que nossa sociedade adota (prisões e hospícios);
  • Quase Dois Irmãos - sobre a união de presos políticos e comuns no RJ nos "tempos de chumbo" (Ditadura Militar), que deram origem ao CV (Comando Vermelho).

Seminário debate desenvolvimento da Amazônia

Estudar áreas relacionadas à questão de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da Amazônia, o fenômeno da integração regional e analisar a questão do meio ambiente, ciência e tecnologia. Este é o desafio que pesquisadores, alunos e o público em geral vão discutir no VI Seminário Internacional de Economia Amazônica e Desenvolvimento Sustentável de Roraima, que será realizado nos dias 20 e 21 de maio, no Palácio da Cultura Nenê Macaggi.

O tema escolhido serve para desenvolver propostas que depois são transformadas em artigos, livros e publicação de modo geral. Este ano o tema será “Integração em Ambiente Assimétrico e Segurança Ambiental”. Entre as palestras estão a segurança ambiental na agenda regional brasileira; integração assimétrica e segurança ambiental na Amazônia; perspectiva de atores extra-regional sobre segurança ambiental e a segurança e defesa na agenda da integração sul-americana.

O evento é uma realização da Universidade Federal de Roraima (UFRR), por meio do Núcleo de Estudos Comparados da Amazônia (Necar), em parceria com o Programa de Doutorado Interinstitucional em Relações Internacionais e Desenvolvimento Regional, o Programa de Mestrado Interinstitucional em Economia e o Programa de Mestrado Interinstitucional em Direito Ambiental.

Os interessados precisam levar 1 quilo de alimento não perecível no dia do evento ou procurar a Necar no anexo do bloco I da UFRR.

Programação do evento
Dia 20, às 15h é a abertura oficial, no Palácio da Cultura, que contará com a participação do reitor da UFRR, professor Roberto Ramos, governador do Estado, José Anchieta Júnior e o coordenador do Necar, professor doutorando Haroldo Amoras.

Das 16h às 17h10 acontece a conferência com o tema Segurança ambiental na agenda regional brasileira, com a palestrante a professora Mônica Hirst. Em seguida, começa o simpósio I, com o tema Integração assimétrica e segurança ambiental na Amazônia com o palestrante o professor doutor Serguei Camargo, da Universidade Estadual da Amazônia e o professor doutor Pio Pena Filho, da Universidade de São Paulo. O moderador será o professor doutor Eiiti Sato da Universidade de Brasília. Às 19h acontece o lançamento da revista com a apresentação de Haroldo Amoras.

Na sexta-feira, 21, a programação começa às 8h20, com o painel que se estende até as 12h. À tarde, a partir das 15h30, acontece o simpósio II, com a palestra Perspectiva de atores extra-regionais sobre segurança ambiental, com o representante do Ministério do Meio Ambiente, representante da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Acre o e moderador professor doutor Alcides Costa, da Universidade de Brasília.

A partir das 17h10 inicia o simpósio III, com a palestra que tem como tema a segurança e defesa na agenda da integração sul-americana, palestra 1, com a professora doutora Maria Celina Araújo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ);]. A segunda palestra será ministrada pelo comandante da 1ª Brigada da Infantaria de Selva, Franklimberg Freitas.

Das 18h50 até as 19h30 haverá as considerações finais com a apresentação do professor doutor Roberto Ramos e o professor dourando Haroldo Amoras.
Fonte: Folha de Boa Vista - Escrito por Naira Sousa

UERR lança Programa de Iniciação Científica

A UERR (Universidade Estadual de Roraima) realiza nesta quarta-feira (12), às 10h, no auditório do Campus Boa Vista, a abertura do Programa Institucional de Iniciação Científica. A iniciativa é estimular os pesquisadores da instituição a envolver os acadêmicos nas atividades científicas e tecnológicas em andamento. Ao todo, 10 alunos receberão por um ano uma bolsa no valor de R$ 465 para desenvolver os projetos.

O reitor da UERR, Nonato Vilarins, explica que a proposta é oferecer ao acadêmico uma formação mais qualificada, possibilitando a produção de conhecimento e a vivência de métodos científicos, utilizando a pesquisa para atingir este objetivo. “É na prática que vamos aprimorar as habilidades dos estudantes, refinando a sua vocação”, disse Vilarins.


É dentro desta perspectiva que a Universidade Estadual realizou a seleção dos acadêmicos através de processo seletivo e aprovou os 10 melhores projetos. O reitor ainda destacou que uma das políticas da instituição é o incentivo à projetos de iniciação científica para colaborar no fortalecimento das diversas áreas de pesquisa. “É missão das universidades promoverem a pesquisa e propiciarem condições para que elas ocorram”.


Na solenidade haverá a assinatura dos termos de compromisso referentes ao início das atividades dos alunos nos projetos apresentados. Cada acadêmico é orientado por um professor mestre ou doutor.


Para o diretor de Pesquisa, professor Rildo Dias da Silva, estimular e fortalecer as linhas de pesquisa no âmbito das áreas de conhecimento é fundamental para promover o desenvolvimento do Estado e ampliar o trabalho na área de formação de recursos humanos para a pesquisa. “O objetivo é despertar a vocação científica dos discentes e docentes contribuindo, assim, para a formação de nossos estudantes”, enfatizou o diretor de Pesquisa. Em novembro, a UERR realizará uma nova seleção para o Programa Institucional de Iniciação Científica.

Fonte: Site UERR - Escrito por Luciano Torres

Câmara conclui votação e projeto ficha limpa vai ao Senado

Destaques que faziam alterações no projeto foram rejeitados no plenário.
Texto veta candidatura de condenados em decisão colegiada.

A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (11) a votação do projeto ficha limpa. A proposição segue agora para análise do Senado Federal. O projeto surgiu da iniciativa popular do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Foram reunidas mais de 1,6 milhões de assinaturas em favor da proposta, que chegou ao Congresso em setembro do ano passado. O texto segue agora para o Senado Federal.

O texto aprovado pela Câmara proíbe por oito anos a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada –tomada por vários juízes ou desembargadores–, mesmo que o trâmite do processo não tenha sido concluído no Judiciário. Este tipo de decisão acontece geralmente na segunda instância ou no caso de pessoas com foro privilegiado.

O parecer aprovado, de autoria de José Eduardo Cardozo (PT-SP), prevê ainda a possibilidade de um recurso para garantir a candidatura a um órgão colegiado superior. Caso seja concedida a permissão para a candidatura, o processo contra o político ganharia prioridade para tramitação.

O texto que sai da Câmara é mais flexível do que o proposto pelo MCCE. A idéia inicial era proibir a candidatura de todos os condenados em primeira instância. Atualmente, só políticos condenados em última instância, o chamado trânsito em julgado, são impedidos de disputar.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcanti, já afirmou que o projeto precisaria ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até 5 de junho para ter validade para as eleições de outubro. Outros, como o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), acreditam que pelo princípio da anualidade não seria possível fazer com que a mudança valha já para essas eleições. A aplicação ficará a cargo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caso o projeto seja aprovado no prazo sugerido pelo presidente da OAB.

No Senado, no entanto, há empecilhos regimentais para a votação. A pauta da Casa está trancada por Medidas Provisórias e pelos projetos do pré-sal, que tem urgência constitucional. Diferente da Câmara, onde são permitidas algumas votações mesmo com o trancamento da pauta, no Senado nunca se realizou votações desta forma.
Fonte: Site G1

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Concurso para sociólogo (Licenciado ou Bacharel)

TEM UMA VAGA PARA SOCIÓLOGO EM BOA VISTA-RR
Defensor Público-Geral Federal, considerando a autorização concedida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio da Portaria nº 467, de 16 de dezembro de 2009, torna pública a realização do concurso público para provimento de vagas em cargos de nível superior e de nível médio do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – PGPE do Quadro da Defensoria Pública da União.
CARGO

NÍVEL SUPERIOR:
ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO
ARQUIVISTA
ASSISTENTE SOCIAL
BIBLIOTECÁRIO
CONTADOR
ECONOMISTA
PSICÓLOGO
SOCIÓLOGO
TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS
TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - ÁREA: JORNALISMO
TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – ÁREA 2: RELAÇÕES PÚBLICAS
TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – ÁREA 3: PUBLICIDADE E PROPAGANDA
NÍVEL MÉDIO:
AGENTE ADMINISTRATIVO

VAGAS

NÍVEL SUPERIOR:
ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 88
ARQUIVISTA - 10
ASSISTENTE SOCIAL - 20
BIBLIOTECÁRIO - 10
CONTADOR - 18
ECONOMISTA - 20
PSICÓLOGO - 5
SOCIÓLOGO - 20
TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS - 30
TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - ÁREA: JORNALISMO - 2
TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – ÁREA 2: RELAÇÕES PÚBLICAS - 1
TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – ÁREA 3: PUBLICIDADE E PROPAGANDA - 17
NÍVEL MÉDIO:
AGENTE ADMINISTRATIVO - 70

Remuneração
Nível Superior - até R$ 3.532,95
Nível Médio - até R$ 2.299,42

Inscrições
Taxa:R$ 65,00 para os cargos de nível superior;
R$ 50,00 para o cargo de nível médio.

Horário:Será admitida a inscrição somente via Internet solicitada no período entre 10 horas do dia 6 de abril de 2010 e 23 horas e 59 minutos do dia 25 de abril de 2010, observado o horário oficial de Brasília/DF.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Qualifique-se mais

NUHSA promove curso de Extensão em Maio
Núcleo Histórico Socioambiental (NUHSA) está com inscrições abertas para o curso de Extensão: Identidade, Etnicidade e Relações Interétinicas, carga horária de 20h. O curso ocorrerá no período 12/05 a 15/05/10, no horário das 8h às 12h.

Inscrições e informações no prédio do NUHSA anexo do Bloco I - UFRR, pela parte da manhã, ou no telefone (095) 3621-3125.

Qualifique-se mais

UFRR promove I Seminário de Antropologia

No período de 8 a 11 de junho de 2010, a Universidade Federal de Roraima realizará I Seminário de Antropologia. O evento contará com palestras, mini cursos, mesa redonda e oficinas.
Serão discutidos sobre os seguintes temas: Ensino da Antropologia na Amazônia, Saúde e Diversidade, Antropologia e Jusdiversidade, Terrotiralidades e meio ambiente, Populações tradicionais e ressignificações identitárias.

Mais informações os interessados deverão ligar no (095) 6321-3125.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Incentivo na medida certa


Opinião: A função dos pais é ajudar o filho a se constituir como pessoa
Para uns, os filhos fazem tudo certo, para outros, fazem tudo errado.
Ambas atitudes colaboram pouco para o desenvolvimento da criança.

O nascimento de uma criança representa a concretização de um milagre. Por mais que se saiba de todo o funcionamento biológico da reprodução, parece incrível que aquele ser se desenvolveu no ventre de sua mãe.

Milagres são obras de uma divindade, o que nos remete à ideia de perfeição. É o que muitos pais pensam ou esperam de seus filhos – que sejam perfeitos.

Entre os que desejam isso, existem pais que não conseguem reconhecer nada do que os filhos fazem. Qualquer coisa poderia ser melhor, mesmo que tenham feito algo muito bom.

Boicotam seus filhos naquilo que são ou fazem. Consideram que admitir seus pontos positivos, poderia fazer com que não se esforçassem mais. Mas com tanto esforço e poucos resultados, há grandes chances de seus filhos se tornarem pessoas inseguras, exigentes e frustradas consigo mesmas.

Há aqueles, no entanto, cujos filhos são a tradução dos seres mais primorosos que existem. Tudo o que fazem é ótimo. Se o filho apresenta algum comportamento diferente, no máximo, acham graça. Se algo lhes acontece, é culpa do mundo, eles foram apenas vítimas. Se vão mal na escola, é ela que não é boa. Só arrumam desculpas para aquilo que dizem, o contrário do que pensam.

Ambas atitudes colaboram pouco para o bem-estar e para o desenvolvimento das crianças, revelando a cegueira dos pais, que os impede de ver os verdadeiros filhos que têm. Enquanto um enxerga de maneira deformada, o outro apenas vê aquilo que quer, e pode.

Elogios

Quando uma pessoa nunca é reconhecida por aquilo que faz, por melhor que seja o produto, ela deixa de ter um parâmetro para avaliar o resultado de suas ações. Isso se dá inicialmente através do outro. A medida que cresce, essa capacidade de dar um valor para as coisas é internalizada. O outro não é mais tão necessário (sempre precisamos de elogios) para termos certeza de nossas ações.

Isso envolve o desenvolvimento da capacidade de aceitar seus próprios erros ou resultados não muito bons. Mesmo que eles existam, há espaço para o triunfo e para a satisfação.

Por sua vez, aqueles que não conseguem ver nada além da divindade que é seu filho, provavelmente negam seu lado humano e real. Esquecem de circunscrevê-lo, impedindo-o de ter a noção de quem realmente é. Algo que provavelmente seus pais também não sabem, apenas o imaginam de acordo com seus desejos.

Assim, ficam impedidos de ouvirem os filhos em suas necessidades. Se uma criança vai mal na escola, realmente pode ser uma falta de adaptação àquele tipo de instituição. Porém, outras possibilidades têm que ser consideradas, como uma dificuldade de aprendizagem, por exemplo. Algo que um pai só poderá se dar conta se não ficar negando a humanidade de seu descendente e tudo o que a envolve. Afinal, uma divindade jamais teria problemas para aprender.

Um filho tem que ser olhado como ele realmente é. No que é bom e em que precisa de ajuda. A função de um pai e de uma mãe é ajudá-lo a se constituir como pessoa – real e humana, para que ele possa ser e se reconhecer.

(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

Fonte: G1

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sexo nas novelas pode, agora livro sobre educação sexual é pornografia.


Recife recolhe livro de educação sexual para crianças
O livro didático Mamãe, como eu nasci? ainda estava sendo distribuído entre alunos do terceiro ano do ensino fundamental da rede pública do Recife e já começou a ser recolhido, nesta semana, por iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, diante da polêmica que provocou. De autoria de Marcos Ribeiro, premiado pela Academia Brasileira de Letras e referência nacional em educação sexual, o livro chegou a ser considerado “pornográfico” pelo vereador André Ferreira (PMDB), representante da bancada evangélica na Câmara.

Pais de alunos se mostraram revoltados com a publicação, que fala de forma clara sobre sexo e traz, entre as ilustrações, um menino e uma menina se masturbando – ele em uma banheira e ela defronte da televisão. Com o apoio de vereadores de vários partidos, a Câmara de Vereadores realizará uma audiência pública no dia 12 de maio para debater o assunto. “O livro usa cenas e palavras pesadas, chega a ser constrangedor ler o que está lá”, afirmou Ferreira, que o considera inadequado para crianças. Para ele, cabe aos pais a educação sexual dos filhos. “Quem é a escola para escolher o tempo certo para abordar o assunto?”

A diretora geral de ensino da Secretaria Municipal de Educação, Luiza Vasconcelos, afirmou que o recolhimento do livro é provisório, para discussão com as escolas e pais que tiveram dificuldade com a publicação. Ela defende o título, escrito há 18 anos e usado em várias escolas de Estados e Municípios brasileiros, como instrumento de proteção e prevenção.

“A partir do conhecimento do seu corpo, a criança pode se proteger”, afirmou, ao destacar que muitos alunos e professores não aceitaram devolvê-lo, o que é respeitado pela Secretaria. Segundo ela, 550 exemplares do livro – dentro de um kit de títulos didáticos – estavam sendo distribuídos com as turmas do primeiro ano do segundo ciclo, que têm idade entre oito a dez anos.
Fonte: Revista Época.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

UFRR promove Seminário Internacional sobre Economia Amazônica

A Universidade Federal de Roraima (UFRR), por meio do Núcleo de Estudos Comparados da Amazônia e Caribe (Necar), realiza a 6ª edição do Seminário Internacional de Economia Amazônica e Desenvolvimento Sustentável de Roraima.

O evento acontece nos dias 20 e 21 de maio no auditório do Palácio da Cultura. As inscrições já podem ser feitas na secretaria do Necar, anexo do bloco I da UFRR, os interessados devem levar 1kg de alimento não-perecível no ato da inscrição.

A abertura oficial acontecerá às 15 do dia 20 de abril, com a presença do reitor da UFRR, professor doutor Roberto Ramos, e demais convidados. Palestras, simpósios e conferências serão realizados durante o evento.

Com o tema "Integração em Ambiente Assimétrico e Segurança Ambiental", o seminário pretende analisar o panorama atual e as perspectivas do diálogo político regional sobre segurança ambiental. A realização deste evento tem como objetivo mobilizar a comunidade acadêmica local, lideranças políticas e empresariais da região, em torno da exploração sustentável dos recursos amazônicos com ênfase no estado de Roraima.

A programação possui ainda painéis com os alunos da segunda turma do Mestrado Interinstitucional em Economia, realizado em parceria com a UFRR e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sob a coordenação do professor doutor Ronald Otto Hillbrecht e do professor doutor Mauro Schimitz. E o lançamento da terceira edição da Revista do Necar, com artigos e informações sobre assuntos como integração e segurança ambiental da Amazônia.

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3621-3180.

Fonte: UFRR

Programa Roraima Alfabetizado: aulas começam nesta segunda


Jovens com mais de 15 anos, adultos ou idosos não alfabetizados ou que abandonaram os estudos, terão a oportunidade de voltar a estudar com o Programa Roraima Alfabetizado. Desenvolvido pelo Governo do Estado de Roraima por meio da Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desportos (SECD), o programa tem o objetivo de alfabetizar 4.500 pessoas em todos os municípios do Estado.

O Programa Roraima Alfabetizado busca reduzir os índices de analfabetismo, aumentar os de escolaridade e principalmente valorizar o cidadão por meio da melhoria das condições de empregabilidade e qualificação profissional.

Na semana passada, os 23 professores que vão atuar no Programa, sendo 13 alfabetizadores, três coordenadores de turmas, quatros técnicos da Divisão da Educação de Jovens e Adultos (DIEJA) e três professores da Universidade Estadual de Roraima (UERR), receberam uma capacitação na metodologia alfabetização. A capacitação foi ministrada pela professora Rosana Mariani de Souza da Instituição Alfabetização Solidária (AlfaSol).

O Programa terá duas fases de execução. A primeira iniciará neste dia 24 de abril com aulas para doze turmas. Já a segunda fase das aulas está prevista para iniciar no dia cinco de julho. As inscrições para a segunda fase do Programa devem ser realizadas no período de 03 a 31 de maio de 2010.

Mais informações sobre o Programa Roraima Alfabetizado podem ser obtidas na Divisão de Educação de Jovens e Adultos (DIEJA), que fica localizada na Alameda dos Bambus, 391 bairro Pricumã, telefone: 3626 5770

Fonte: Jornal Folha de Boa Vista

domingo, 25 de abril de 2010

Episódio sobre homofobía

Uganda tem projeto que pode condenar gays à pena de morte
Muitos gays já foram xingados e até atacados e são obrigados a viver quase que clandestinamente num país que não reconhece o homossexualismo como direito humano.

Enquanto em diversos lugares do mundo os homossexuais vêm conquistando direitos como casar e adotar crianças, na África mais de 30 países consideram crime ser gay. Um desses países é Uganda. Por lá, a lei está prestes a ficar ainda mais severa. Um projeto que será votado agora em maio quer incluir pena de morte entre as punições aos homossexuais.

Em Uganda, no leste da África, um homem é considerado um fora da lei. O crime dele? Ser homossexual assumido. “Eu acordo todo dia sem saber o que vai acontecer comigo”, diz Frank Mugisha, de 28 anos, um dos líderes do movimento gay no país.

Entrevistá-lo não foi nada fácil. Mugisha tinha medo do local do encontro. A equipe de produção do Fantástico teve de convencê-lo de que a reportagem não era uma armadilha. Tanto medo tem motivo: um projeto de lei polêmico, que deve ser votado até o fim de maio, está provocando uma forte perseguição aos gays em Uganda.

“Se você declarar que é gay, se fizer isso em público, deve ser retirado das ruas e ser preso, porque a homossexualidade é crime”, diz David Bahati, deputado de 36 anos e autor do projeto.

O simples fato de se declarar gay poderá levar à prisão perpétua. O projeto também defende que parentes e vizinhos denunciem quem for homossexual, sob pena de também serem presos. E há até pena de morte prevista, no caso de um adulto tentar seduzir um menor do mesmo sexo.

Para Bahati, distribuir panfletos próximo a escolas alertando sobre a Aids já deve ser considerado uma tentativa de aliciamento. “Aqui homem dormir com homem é um tabu. É pecado. É tão horrível quanto roubar”, afirma o deputado.

Hoje o homossexualismo já é crime em Uganda, mas só há prisão em caso de flagrante. Pelo novo projeto, basta alguém acusar uma pessoa de ser gay. O ministro da Ética e Integridade, James Obuturo, que cuida da tramitação da lei no Parlamento, apoia o projeto.

“Do ponto de vista da nossa cultura e da nossa espiritualidade, o homossexualismo é algo abominável”, acredita o ministro.

A maioria da população de Uganda concorda com o governo. Em fevereiro, cerca de 25 mil pessoas foram às ruas manifestar aprovação à lei anti-gay. Para um homossexual andar pelas ruas em Uganda se tornou perigoso. Muitos gays já foram xingados e até atacados. Eles são obrigados a viver quase que clandestinamente.

Frank Mugisha conta que é obrigado a mudar de casa constantemente e que evita certos lugares para não sofrer ataques verbais ou até físicos. Warry Sssenfuka, outra ativista, também tem medo de andar pelas ruas. Mesmo assim, ela carrega o símbolo do movimento gay no pulso e faz questão de usar calças compridas.

“Aqui mulher tem que andar de vestido, mas eu não quero usar vestido. Gosto de me vestir assim. Por isso, é fácil as pessoas me apontarem na rua e dizerem: ‘Ah, ela é gay’”, diz Warry Sssenfuka, de 28 anos.

Warry se formou em telecomunicações, mas jamais conseguiu emprego no setor por preconceito. Ela trabalha em uma organização não-governamental que faz campanha de prevenção a Aids e luta pelos direitos dos homossexuais. Se a lei for aprovada, o local passará a ser ilegal e terá de fechar as portas. O escritório fica em um bairro residencial. Por segurança, não há nada do lado de fora que indique que se trata de uma ONG.

Um milhão de pessoas tem o vírus HIV em Uganda. A estatística mais recente é de 2008, ano em que 91 mil pessoas morreram no país em consequência da Aids. ONGs como a de Warry trabalham para tentar evitar que a epidemia aumente, mas são vistas pelo governo como promotoras do homossexualismo.

“Gays têm três vezes mais chance de pegar o HIV. Por isso, combater o homossexualismo é combater a Aids”, defende o deputado David Bahati.

Nos últimos meses, a pressão internacional para que o projeto não seja votado aumentou. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que a lei é abominável.

“Aqui nós não reconhecemos o homossexualismo como um direito humano. Pode ser assim no Brasil ou na América. Mas o que é bom para esses países pode não ser bom para Uganda”, afirmou o deputado.

Não há lugar mais perigoso e pior para um homossexual viver do que o continente africano.
Em mais de 30 países da África, o homossexualismo é crime, com penas que variam desde multa equivalente a R$ 300 até a prisão perpétua. A exceção é a África do Sul, país da Copa. Desde 2006, lá é permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já no Sudão, na Mauritânia e em algumas partes da Somália e da Nigéria, a punição para gays é a pena de morte.

Christopher Senyonjo, ex-bispo da Igreja Anglicana em Kampala, luta para que Uganda não seja o quinto país a entrar na lista . “Não podemos condenar o amor, porque esse amor é diferente. Não podemos compará-lo a crimes. É difícil aceitar e entender o que eles propõem”, defende o ex-bispo.

Por defender os gays, Christopher Senyonjo foi afastado da Igreja Anglicana e não pode mais pregar. Se a lei for aprovada, a caçada aos gays será ainda mais implacável em Uganda. “Eu serei uma das últimas a permanecer de pé. Vou até o fim”, diz Warry Sssenfuka. “Eu vou ficar até não dar mais”, afirma Frank Mugisha.

Episódio sobre homofobía

Jornal de alunos de farmácia da USP pede para jogar fezes em gays
Em troca, periódico dá convite para festa brega em SP.
Defensoria acusa veículo de homofobia; autores não foram localizados.

Um jornal dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP causou repúdio no meio estudantil e acadêmico ao realizar uma promoção polêmica. "O Parasita" oferece um convite a uma "festa brega" aos estudantes do curso que, em troca, jogarem fezes em um gay.

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo teve conhecimento do texto (leia-o na íntegra abaixo) e informou nesta sexta-feira (23) à noite que irá denunciar o periódico semestral por homofobia à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.

Além disso, a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o jornal por crime de injúria e incitação à violência.

O texto abaixo foi extraído de "O Parasita" de março e abril deste ano. O periódico de seis páginas exibe na sua página 2 um discurso contra dois gays que se beijaram numa festa da Faculdade de Medicina no ano passado.

"Lançe-merdas e Brega será na Faixa - Ultimamente nossa gloriosa faculdade vem sendo palco de cenas totalmente inadmissíveis. Ano passado, tivemos o famoso episódio em que 2 viadinhos trocaram beijos em uma festa no porão de med. Como se já não bastasse, um deles trajava uma camiseta da Atlética. Porra, manchar o nome de uma instituição da nossa faculdade em teritório dos medicus não pode ser tolerado. Na última festa dos bixos, os mesmos viadinhos citados acima, aprontaram uma pior ainda. Os seres se trancaram em uma cabine do banheiro, enquanto se ouviam dizeres do tipo "Aí, tira a mão daí." Se as coisas continuarem assim, nossa faculdade vai virar uma ECA. Para retornar a ordem na nossa querida Farmácia, O Parasita lança um desafio, jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Joãozinho Zé-Ruela", escreve "O Parasita".

O autor do texto acima, "Joãozinho Zé-Ruela", aparece como editor de eventos. O G1 não conseguiu localizar os responsáveis pelo jornal para comentar o assunto. Nove nomes aparecem no expediente de "O Parasita". A reportagem também ligou para um dos colaboradores, deixou recado, mas até a publicação da matéria não havia recebido retorno.

Estudantes da faculdade ouvidos pelo G1 confirmaram que a publicação é feita por alunos da Farmácia. Entretanto, segundo eles, o jornal não é ligado a nenhuma entidade estudantil oficial. O texto chegou ao conhecimento de alunos de outras faculdades da USP nesta sexta pela internet. Muitos criticavam o conteúdo e a incitação homofóbica. Segundo um dos alunos de ciências farmacêuticas, "Muitas [pessoas reagem] com raiva, outras com descaso e algumas acham um jornal 'legal'."

Homofobia
De acordo com a defensora Maíra Diniz, coordenadora do núcleo de combate à discriminação, racismo e preconceito, "O Parasita" infringiu a Lei Estadual 10.948 que trata do combate à homofobia.

"É uma coisa horrível. Eu fui surpreendida de ver que estudantes de farmácia, que têm obrigação de esclarecer o público, pensam dessa maneira. Não é só uma mera opinião, isso configura homofobia", afirmou a defensora Maíra na tarde desta sexta. "Vamos apurar quem é o responsável pelo jornal, inclusive oficiando a faculdade. Vamos oferecer denúncia na comissão processante com base na lei estadual de homofobia."

O G1 também tentou entrar em contato com o centro acadêmico de Farmácia da USP, mas não localizou ninguém. Na noite desta sexta, por volta de 20h, em uma nota, o centro acadêmico se manifestou sobre o caso, afirmando que não apóiam "atitudes homofóbicas, machistas, racistas ou que expressem qualquer outro tipo de preconceito". O texto disse ainda que as diferenças são respeitadas, pois pensamentos distintos representam "crescimento pessoal" e "aperfeiçoamento da sociedade".

Segundo Maíra, os responsáveis pelo jornal serão julgados por uma comissão, que irá apurar se eles cometeram homofobia. "Homofobia não é crime, por isso é apurado por essa comissão. É um processo administrativo que pode render uma advertência ou uma multa mínima, no valor de R$ 15 mil, se os acusados forem considerados culpados", disse a defensora. O valor é destinado para fundos de políticas para diversidade sexual.

Caso de polícia
O advogado Dimitri Sales, coordenador para Políticas de Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, afirmou nesta sexta que irá levar o caso até à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde pretende registrar queixa contra o jornal.

"A homofobia é a aversão e ódio às pessoas que têm orientação sexual diversa da heterossexual, mas no caso deste jornal, se enquadra também na injúria. É lamentável que alunos de uma instituição, como esta da USP, colocam isso. Essa postura desse jornal é repudiada de forma veemente. Tem de ser praticada uma pena dura. Eles desconsideram duas coisas. A primeira é que reafirmam a postura da discriminação contra o casal que se beijou na festa. A segunda é mandar estudantes agredir gays. Essas coisas agora vão virar crimes de injúria e incitação à violência", afirmou o coordenador Dimitri Sales.

Ainda, segundo Dimitri, se a citada "festa brega" realmente tiver uma data para ocorrer, a coordenadoria fará o possível para que ela seja cancelada. "Ainda não sei se essa festa é uma piada ou se realmente ocorrerá. Mas se ocorrer, vamos tomar alguma medida jurídica para impedir a realização dessa festa porque ela estaria se baseando num conceito homofóbico", disse.

Reprimir
O G1 procurou a Universidade de São Paulo para comentar o assunto. A assessoria da USP informou que somente a diretoria de farmácia poderia comentar o assunto.

Procurada, a faculdade informou: "A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) não tem conhecimento nem apóia essa publicação, inclusive desconhece os seus autores. A Faculdade tomará as medidas jurídicas cabíveis para reprimir este tipo de publicação", em nota enviada por e-mail por sua assessoria de imprensa.

Fonte: G1

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cursos: Uma boa oportunidade

NUHSA oferece 20 vagas para curso de extensão: Antropologia e Saúde Coletiva

O Núcleo Histórico Socioambiental (NUHSA) está com inscrições abertas para o curso de extensão: Antropologia e Saúde Coletiva (carga horária de 20h). As aulas ocorrerão no período de 28/04 a 26/05, às quartas-feiras, no horário das 18h às 22h.


Os interresados poderão se inscrever no prédio do NUHSA que fica localizado no anexo do Bloco I - UFRR, no horário das 8h às 12h. Para mais informações os interessados poderão ligar no telefone (095) 3621-3125.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Faça seu curriculo no CNPq


Atendendo a pedidos dos colegas vou descrever o passo a passo para fazer um currículo no site do CNPq.

1º - Acesse o site http://www.cnpq.com.br/

2º - Bem no meio da página tem um link para a "Plataforma Lattes", clique nele e espere abrir a página.

3º - De novo, bem no meio da página tem escrito "Pesquisadores e estudantes" e logo embaixo tem-se 3 opções, a última é "cadastrar-se", clique nessa opção e espere abrir.

4º - Preencha os seguintes campos: Nome Completo, Nacionalidade, CPF, País de Nascimento, Data de Nascimento, e-mail, Confirmação de e-mail, Senha e Confirmação de Senha. Confirme.

5º - Será aberto “Termo de Adesão e Compromisso”. Leia o termo de compromisso e, se concordar, marque ao Box “Estou de acordo” e clique no botão correspondente. (Você precisa concordar com o Termo de Adesão e Compromisso para criar um currículo)

6º - A área de atualização do currículo será aberta para que sejam colocadas as suas informações curriculares. No entanto, o seu currículo ainda Não foi enviado.

7º - Sempre que forem feitas atualizações no currículo, este deve ser enviado para o CNPq. Quando for necessária a atualização, um lembrete em uma barra amarela aparece na parte superior da tela, com o seguinte texto: “Atenção ! As alterações realizadas só serão aceitas quando enviadas ao CNPq em definitivo. Clique aqui para enviá-las.”

8º - Siga estas instruções. Em seguida aparecerá o currículo do modo como será publicado, para que você revise e declare que está de acordo com a declaração do Termo de Adesão. Após ler o termo,. Clique no Box e, em seguida, em “enviar para o CNPq”.

Professor UFPB é preso com plantação de maconha

A Polícia prendeu um professor de mestrado do curso de Sociologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que foi denunciado por manter uma plantação de maconha na casa onde mora, no bairro Castelo Branco, em João Pessoa.

De acordo com informações oficiais, Mayk Andrelle do Nascimento mantinha o cultivo de pelo menos sete pés de maconha na própria residência. Com o professor também foi apreendida uma pequena quantidade de sementes da droga e algumas poucas gramas da maconha pronta para o consumo.

Com o acusado também foram apreeendidos vários documentos e diversos aparelhos celulares.

O professor, que também é aluno de doutorado na UFPB, foi fichado na Polícia e vai responder, em liberdade, pelo crime de consumo de entorpecentes.

A denúncia foi feita há cerca de duas semanas e estava sendo investigada por homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE).

Da redação do Portal Correio. www.Alagoas24horas.com.br

quarta-feira, 21 de abril de 2010

21 de Abril: Tiradentes? Quem é esse?

Que hoje é feriado todo mundo sabe. Um dia de descanso para alguns ou festa para outros, mas o Dia de Tiradentes é lembrado por poucos, principalmente a história e problemática que envolve a data. Nas ruas é comum encontrar quem não saiba quem era Tiradentes, ou quem não lembre quais seus feitos ou importância. Mas, para o professor de história e mestre em História do Brasil Marcelo Hansen Schlacha, o Lelo, esta é uma característica de um povo que não se reconhece na própria história, porque esta foi feita por uma elite a qual a maioria dos cidadãos nunca pertenceu.

Se nas ruas, e até mesmo escolas, a população não vincula a realidade com a história, se não a enxerga como instrumento de educação da vida, segundo o especialista, ocorreu uma formação de uma mentalidade nacional que não valoriza tal conhecimento. “O desconhecimento revela uma rejeição do cidadão do que ele não se vê”, revela. Para o professor, os fatos históricos são importantes, mas a relação com o presente e ação de cada pessoa na história, como sujeito e não objeto, que simplesmente conhece o fato e o repercute, tem mais valor. “Mais importante do que lembrar a história é as pessoas terem consciência de trabalhar de maneira digna para o Brasil”.

Lelo comenta que o fato de alguém conhecer mais ou menos dos fatos que “teoricamente” fazem a história do País não faz desta pessoa mais ou menos patriota, mas sim suas atitudes para com o Brasil. O professor conta que no caso de Tiradentes, esta distância do nome com a população acontece porque, embora a versão oficial da história o coloque em posição de herói, isto significa excluir a participação do povo neste contexto histórico da Inconfidência Mineira e dos movimentos que realmente fazem os fatos.

Os fatos oficiais de Tiradentes são questionados pelo mestre, ao salientar que a história do Brasil foi repleta de heróis forjados para alcançar os objetivos dos poderes de cada época. No caso de Tiradentes, a elite do país precisa enaltecer o ideal de patriotismo e para isto necessitava de um exemplo, um ícone. “Passada a Inconfidência Mineira, que ocorreu 1789, somente 100 anos depois que a figura de Tiradentes foi valorizada”, ressalta ao lembrar que a Inconfidência ocorreu na crise do antigo regime feudal que estava em decadência e no ápice da Revolução Francesa.

Em compensação, após 100 anos da Inconfidência, segundo Lelo, para a Proclamação da República era preciso romper com a monarquia e produzir um sentimento de nacionalismo entre a população. “Por isto a necessidade de um herói”, reforça ao citar que a história do Brasil foi feita baseada em modelo Europeu, reforçando o amor à pátria. Para a criação do herói, o governo, em transição do império para a república, precisava de um herói que representasse a luta pela mudança, pela nova forma de poder. “Para a maior aceitação, criaram inclusive uma imagem de Tiradentes semelhante à de Jesus Cristo”, comenta a artimanha em um país, na época, majoritariamente católico.

A figura do herói semelhante a Cristo, com roupas, barbas, características e inclusive com a morte semelhante, fez da figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do País. “Inclusive na época da Inconfidência, D. Maria I, a Maria Louca foi quem emitiu a sentença de morte de Tiradentes, porque durante a monarquia o mesmo não era aceito. Então não falavam dele, somente o retomaram com força para enaltecer mais tarde os ideais nacionalistas”, reforça.

Questionamento

O especialista salienta ainda que outro fato que comprova o questionamento dos fatos históricos está na questão abolição da escravatura, que antes, na monarquia, era de interesse dos monarcas que os escravos os servissem, e mesmo Tiradentes ter lutado por esta causa, não foi pronunciado. “Somente em 1.880 veio a abolição porque era de interesse do poder”, revela. Para que esta figura de Tiradentes tomasse proporção desejada, segundo Lelo, houve o movimento da elite dominante e letrada para a população, que era formada na época por 90% de analfabetos.

Para esta aceitação do herói alguns feitos foram realizados, como a própria criação de um feriado, para enaltecer a pessoa de Tiradentes, assim como outras formas de agregar valor ao personagem. “A criação da imagem semelhante a Cristo, os nomes de Praças, ruas, a colocação de monumentos, estátuas. Foi um momento quase mitológico” revela ao citar que estes valores morais e cívicos dos brasileiros foram “praticamente forjados”.

Fonte: www.cgn.inf.br